Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:5-6)
Mt 3:11; 16:18-19, 24; 17:1-5, 24-27; Rm 6:6
O Senhor nos tem falado de maneira muito especial acerca de negarmos a vida da alma. Em Mateus 16, Jesus revela a igreja e, em seguida, fala sobre o viver dela, destacando o negar a vida da alma.
Mateus 16:18 diz: "Sobre esta pedra edíficarei a minha igreja". Então, no versículo 19, o Senhor revela a ligação entre a igreja e o reino: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus". Porque possui as chaves do reino dos céus a igreja tem autoridade.
A autoridade vem do reino. A autoridade que nos foi concedida é a autoridade do reino. Então o que nós amarramos na terra é amarrado nos céus; o que nós liberamos na terra é liberado nos céus. Essa autoridade foi nos concedida mediante a morte do Senhor na cruz e Sua ressurreição (Mt 28:18-19).
Vimos que o Senhor Jesus morreu e depois, de Seu lado ferido, derramou sangue e água. Com Ele nosso velho homem também foi crucificado (Rm 6:6). O velho homem é nossa vida da alma. No passado tentávamos eliminá-Ia por meio de sofrimentos que nos sobrevinham na carne. Alguém era acometido por uma grave enfermidade, sofria muito, confessava seus pecados, arrependia-se diante do Senhor e era curado, mas o problema da vida da alma continuava. Via-se apenas a questão dos pecados, e não o grave problema da vida da alma.
O apóstolo Pedro ouviu Jesus falando sobre a necessidade de negar-se a si mesmo para Segui-Lo (Mt 16:24). Mas foi apenas quando se tornou idoso que Pedro percebeu que apenas os sofrimentos provenientes de situações exteriores não são suficientes para eliminar por completo a vida da alma.
Conhecemos a história de Pedro. Apesar de seu velho homem ter sido sepultado no batismo, ele, por vezes, ainda se manifestava. Em Mateus 17, seis dias depois de ter ouvido o Senhor falar sobre a importância de negar a si mesmo para segui-Lo, Pedro equiparou Jesus a Moisés e Elias ao sugerir que se armassem três tendas para eles (vs. 3-4). Mas o Pai lhe disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi" (v. 5). Pedro deveria ter aprendido essa lição e desistido ali mesmo de seguir seus impulsos.
Em outra ocasião, os que cobravam o imposto das duas dracmas perguntaram a Pedro: "Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?" (v. 24). Imediatamente ele respondeu "Sim!"; logo depois, o Senhor lhe perguntou: "De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo; dos seus filhos ou dos estranhos?" (v. 25). Pedro percebeu que havia falado por si mesmo, manifestando sua vida da alma. Ele viu o perigo que havia em sua vida da alma; compreendeu que fora precipitado ao falar. O Senhor Jesus teve misericórdia dele e mandou-o pescar e retirar um estáter da boca do primeiro peixe que fisgasse. Aquela moeda teria exatamente o valor necessário para pagar o imposto dos dois (v. 27). Foi essa mais uma ocasião usada pelo Senhor para expor a vida natural da alma de Pedro.
Pedro viu que era imprescindível queimar as impurezas da vida da alma no fogo do Espírito. Ele, já em idade avançada, percebeu que, apesar de seu ser natural ter sido exposto muitas vezes pelo Senhor, ainda não havia eliminado totalmente sua vida da alma. Semelhantemente, hoje é tempo de compreendermos o perigo de viver pela vida da alma e, como Pedro, arrepender-nos, colocando-a sob o queimar do fogo do Espírito (Mt 3:11; 1 Pe 1:6-7). Fonte rádio árvore da vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário