PUBLICADO EM AOS JOVENS
Quem escreveu as epístolas de Pedro? Foi o próprio Pedro. Mas ele não tinha esse nome no início. Ele se chamava Simão – esse era seu nome de nascimento. Pedro pôde escrever, no final de sua carreira, essas duas epístolas porque foi transformado. Se ele não tivesse sido transformado, jamais poderia cooperar com o Senhor. Nós só podemos ser úteis ao Senhor quando somos transformados. Sem a transformação, o Senhor não tem condições nenhumas de usar-nos. Porque Pedro passou pelo processo de transformação, ele pôde escrever essas duas preciosas epístolas.
Um falar digno de nota
O falar de Pedro, depois que ele passou por todo o processo de transformação, tornou-se um falar digno de nota. Ele escreveu duas epístolas, as quais passaram a fazer parte dos escritos do Novo Testamento. Seu falar tornou-se positivo e cheio de valor. Você sabia que o Evangelho de Marcos surgiu das palavras que ele compartilhava com Marcos? Enquanto Pedro falava, Marcos registrava. O falar de Pedro era um falar digno de nota. Tudo que ele falava tinha valor para o Senhor e as pessoas. Seu falar serviu para compor a própria Bíblia.
Se começarmos a registrar nosso falar desde o momento em que amanhecemos até o anoitecer, nosso falar será digno de nota, vai ser registrado, será útil ao Senhor? O falar de Pedro era tão nobre que gerou duas epístolas e seu compartilhar tão distinto gerou um evangelho. No total de um dia inteiro do falar de um jovem, o que será aproveitado? Seu falar servirá para escrever pelo menos uma nota de rodapé, um pequeno comentário no final de uma página? Nosso falar descreve muito bem se somos ou não transformados. Você, jovem, deseja ser usado pelo Senhor, deseja ver suas palavras servindo de ajuda para suprir e edificar as pessoas que estão a sua volta?
A salvação completa de Deus
Para alguém ser usado pelo Senhor, ele precisa permitir que sua alma seja transformada. Muitos filhos de Deus nem desconfiam que precisam passar por esse processo e aqueles que sabem não gostam muito de se submeter a essa transformação. Muitos sabem, e a Bíblia confirma, que temos três partes: espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5:23). Após a queda do homem, essas três partes ficaram comprometidas, contaminadas. O espírito perdeu sua importante função de ter comunhão com Deus, a alma ficou danificada e o corpo tornou-se carne. Sabemos que, quando cremos e recebemos o Senhor como nosso Salvador, o espírito humano é regenerado. Um milagre acontece quando o espírito recebe a vida divina, a vida do próprio Deus. Quando o espírito é regenerado, ele resgata novamente sua função de contatar Deus, que é Espírito. Não foi preciso fazer nada além de crer. O corpo do homem, que tem uma propensão para pecar, também precisa ser salvo. E isso vai acontecer na segunda vinda de Cristo. Essa é a esperança que temos e que foi registrada em 1 Coríntios 15. No que diz respeito ao tempo, nossa salvação completa fica assim: no passado, aqueles que creram no Senhor têm seu espírito salvo; no futuro, pelo poder de Deus, terão também seu corpo salvo.
Mas, quanto ao presente, o que o Senhor está fazendo, o que está acontecendo conosco? estaríamos apenas louvando o Senhor pela salvação de nosso espírito e aguardando com expectativa a glorificação do corpo? Não apenas isso. Hoje o Senhor está trabalhando em nossa alma, que corresponde a nosso eu, ego, velho homem, que tem aprendido, desde sua queda, a pensar por si mesmo, a amar outras coisas que não são o próprio Deus e a usar a vontade obstinada para decidir por seus próprios interesses. Nossa mente, emoção e vontade, que fazem parte da alma, constituem nossa pessoa e, por meio delas, nos guiamos, vivemos e resolvemos as coisas. Isso é nossa alma, a qual precisa ser negada e transformada.
O contrato de transformação
Pedro passou por um processo completo de transformação. Foi o próprio Cristo que deu início a esse processo. No Evangelho de João, capítulo 1:40-42, lemos: “Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus. Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” O nome Simão aqui não é positivo. Esse nome, no contexto espiritual do Novo Testamento, representa nosso homem natural, nosso ego e nossa pessoa, que vive independente de Deus e que, quando não está expressando a si mesmo, expressa Satanás. E é exatamente essa pessoa que precisa ser transformada em uma pedra. O Senhor identificou de imediato quem Pedro era. Talvez ele nunca tivesse tido a sensação de que precisava ser transformado. Mas quando o Senhor lançou os olhos nele, parecia dizer: “Você é Simão, sei quem você é.” Provavelmente Pedro nunca tenha passado por uma situação dessas – ser radiografado, diagnosticado por outra pessoa de forma tão contundente e profunda. Embora tenha tido seus pais e convivesse com amigos, é provável que ninguém o tenha alertado do fato de que precisava ser transformado.
Jovem, precisamos admitir que nem todas as pessoas o conhecem, nem mesmo seus pais sabem exatamente quem você é, o que está dentro de você; mas o Senhor sabe. Todas as vezes que o Senhor olha para você, Ele sabe com precisão os pontos que precisam ser transformados. Não adianta se esconder ou usar algum tipo de máscara, Ele ainda sabe o que nós somos. Em vez de tentar se esconder do Senhor, seria melhor abrir-se logo a Ele e dizer: “Senhor, estou aqui, sou um Simão, me transforme em Pedro”.
A declaração do Senhor de que transformaria Simão em um Pedro tem o significado de um contrato – o contrato de transformação. Quando algumas pessoas olham para nossos erros, falhas, elas chegam até a imaginar que não há solução para nós. Alguém já lhe disse, jovem, que você não tem jeito, que não há saída e esperança para você? Quantas vezes você já olhou para suas falhas diárias e começou a ponderar que de fato você é um caso perdido e que com certeza morrerá desse jeito e que ninguém poderá fazer nada a respeito? Quantas pessoas deixam a estrada cristã por não apostar mais em si mesmas? Outras até já pensaram no extremo de atentar contra a própria vida por não verem solução além de milhares de falhas e erros, mesmo depois de terem feito juramentos de que não errariam mais?! Como se não bastassem as pessoas e nossa própria consciência nos acusando, há ainda Satanás que passa uma espécie de marcador de texto, isto é, marcador de pecados, para realçá-los ainda mais nos fazendo ficar cada vez mais desanimados. A declaração do Senhor: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” contém palavras de boas-novas, que são como água para o sedento, como uma sentença de liberdade para o condenado – são o ungüento de Deus para o homem miserável.
Não gaste muito tempo olhando para o tipo de pessoa que você é, para seus erros, falhas e pecados, mas gaste todo o tempo de sua trajetória cristã olhando para Aquele que disse que nos transformaria; olhe para Aquele que fez um contrato com você e que hoje o tem em Suas mãos – olhe para Jesus; é Ele quem se interessa por você e irá terminar a obra que já começou. Nós estamos nas mãos do Senhor!
Texto extraído do Jornal Árvore da Vida número 190 - Publicado pela Editora Árvore da Vida Fonte: rádio árvore da vida.


"Deu-me muita satisfação ver sua tradução de meu livro. Tive o grato prazer de lê-la, ou melhor dizendo, de ter alguém que a lesse para mim, naqueles momentos dos quais o Senhor nos diz, como disse aos apóstolos, "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco" (Mc 6:31). Mas não posso deixar de dizer-lhe, meu caro amigo, que o prazer que a aparência do seu trabalho me trouxe foi, em certa medida, abatido pela opinião demasiado favorável que você expressou a meu respeito no prefácio. Antes que tivesse lido uma palavra sequer de sua tradução, presenteei a um mui querido e sincero amigo com um exemplar, e ele mencionou o que você escreveu em seu prefácio louvando minha piedade. O texto produziu em meu amigo o mesmo efeito que viria a produzir em mim, mais tarde, quando o pude ler. Espero, entretanto, que você não leve a mal o que vou dizer a respeito do assunto, o que é fruto de uma experiência razoavelmente longa.
Alguns dias atrás, enquanto voltava de uma reunião da igreja, tive uma conversa muito enriquecedora com um jovem da minha idade. Falávamos sobre nosso coração instável. Apesar de anos participando de reuniões e apesar de todas as palavras doces, encorajadoras e cheias de esperança e direção que ouvimos do próprio Senhor, apesar de nossa escolha ser clara – somos do Senhor –, apesar de termos a vida da igreja e tantos irmãos prontos a nos ajudar, apesar de tudo isso, o coração de um jovem é instável. Hoje, nossa maior preocupação é ouvir e seguir o Senhor. Amanhã, talvez seja uma prova. Depois de amanhã, o coração já está cheio de preocupações com emprego, concursos, etc. Nosso coração oscila tanto e por isso sofre tanto.
Por um momento, suponha que você, destituído de santidade, tivesse a permissão de entrar no céu. O que você faria ali? Que possíveis alegrias sentiria no céu? A qual de todos os santos você se achegaria e ao lado de quem se assentaria? O prazer deles não é o seu prazer; os gostos deles não são os seus; o caráter deles não é o seu caráter. Como você poderia sentir-se feliz ali, se não havia sido santo na terra?
E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Gênesis 2:9
Cremos firmemente que nossos dias são os que beiram o fim desta era. Além disso, estamos cônscios de que, após esta era da Igreja, haverá a era do reino. Os olhos de Deus já se voltaram para o reino, o qual está crescentemente ganhando Sua atenção, pois, se nossa compreensão está correta, cremos fortemente que o que Deus está ansioso para trazer, de acordo com Sua vontade eterna, é o reino. O chamamento de Deus para a Igreja é por causa do reino.
Ao falar do final dos tempos e da vinda do Senhor Jesus, o Evangelho de Lucas menciona não apenas a família de Noé, como também a de Ló: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar" (Lucas 17:28-30).





O processo pelo qual passamos na vida cristã é semelhante à purificação do ouro. Primeiro, é necessário possuir o minério de ouro. Os que garimpam nas minas podem encontrar uma pedra que contém ouro, mas este ainda não está purificado. Para que o ouro seja separado dos outros minerais, ele precisa ser colocado em um recipiente chamado cadinho. Ali, ele será aquecido a uma temperatura suficiente para se tornar líquido, possibilitando que as impurezas subam à superfície do metal e sejam retiradas. A temperatura do fogo é controlada pelo ourives para não permitir que o metal precioso se estrague. O ouro perecível é purificado dessa forma.






